
Para que serve um parecer técnico?
Um documento. Muitas funções
Igor Cunha
11/4/20251 min read

O parecer técnico odontológico é um documento elaborado por um cirurgião-dentista com experiência e conhecimento técnico, cujo objetivo é avaliar e esclarecer situações clínicas ou dúvidas sobre tratamentos odontológicos realizados. Ele serve para analisar, de forma imparcial e fundamentada, se o atendimento seguiu condutas adequadas e se há indícios de erro odontológico ou de conduta antiética — ou, ao contrário, se o tratamento foi corretamente executado dentro dos parâmetros aceitos pela ciência odontológica.
É importante entender que o parecer técnico não é um julgamento, e sim uma análise técnica detalhada. Ele pode ser solicitado por pacientes, advogados, seguradoras ou até mesmo por outros profissionais que desejam compreender melhor um caso clínico.
Para que o parecer seja completo e confiável, é indispensável que o perito receba documentos odontológicos adequados, tais como:
Prontuário odontológico (com anotações de consultas e procedimentos);
Contratos de prestação de serviços;
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido;
Radiografias, tomografias, fotografias intraorais e modelos de estudo.
Esses materiais permitem que a análise seja objetiva, técnica e baseada em evidências, evitando conclusões precipitadas. O relato verbal do paciente, embora importante, não é suficiente para a elaboração de um parecer seguro.
Além disso, dependendo do tipo de tratamento realizado — como implantes, próteses, facetas, restaurações ou ortodontia —, o perito pode solicitar uma avaliação presencial, especialmente se o trabalho supostamente defeituoso ainda estiver na boca do paciente. Nesses casos, também é possível que sejam solicitados exames complementares, a fim de avaliar com precisão a condição atual e o histórico do tratamento.
Em resumo, o parecer técnico odontológico é um instrumento de transparência e justiça, que auxilia na esclarecimento de dúvidas e na resolução de conflitos envolvendo procedimentos odontológicos. Ele garante que as conclusões sejam baseadas em fatos, documentos e critérios científicos — e não em opiniões ou suposições.